Notícia

O Departamento de Meio Ambiente de Marmeleiro, em parceria com a APA – Associação de Proteção aos Animais – realizou no sábado pela manhã, 15 de junho, no calçadão da cidade, a ação Meio Ambiente na Prática.

O prefeito Jaimir Gomes e o Diretor de Meio Ambiente, Andrei Oliveira, participaram da ação, ao lado da agrônoma, Jhuly Biava, e daS representanteS da APA, Marilete Chiarelotto e Silvana Sedor..

“A consciência em preservar o meio ambiente não deve ser apenas do poder público, é preciso que cada um tenha a responsabilidade em conjunto, cuidar do lixo, da água, do solo de tudo o que diz respeito ao meio ambiente e esse é o nosso papel, permitirmos atividades ambientais que envolvam toda a população para realmente construirmos um futuro com mais qualidade de vida”, observou o prefeito Jaimir Gomes.

Entre as atividades apresentadas à população estavam: o recolhimento de lixo eletrônico, pilhas, baterias, óleo de cozinha e medicamentos vencidos; teve também a sensibilização sobre a coleta seletiva no comércio da área central e atividades de educação ambiental e a apresentação dos novos contêineres de lixo que serão instalados esta semana nas avenidas Dambros e Piva e Macali; conscientização contra os maus tratos de animais, e a demonstração de composteira doméstica.

O Diretor de Meio Ambiente, Andrei Oliveira, lembrou que esta semana será iniciada a instalação de 20 lixeiras de lixo reciclável e outras 20 lixeiras de orgânico, em pontos estratégicos das duas avenidas de Marmeleiro. “Nosso objetivo é permitir que os moradores tenham locais padronizados para colocar os sacos de lixo e também com isso, mantermos a cidade mais limpa porque o recolhimento será feito com o caminhão direto na lixeira”.

COMPOSTEIRA DOMÉSTICA

A empresária Fernanda Dalorsoleta, foi até o calçadão da cidade decidida a aprender as etapas para fazer, em casa, uma composteira doméstica.

A engenheira agrônoma Jhuly Biava explicou que todo o “compartilhar de conhecimento é muito importante, para que assim, possamos contribuir com práticas sustentáveis para um mundo melhor”.

Anote aí como fazer: você irá precisar de 03 baldes de mesmo tamanho e com tampas, sendo duas vazadas e uma inteira, de forma que seja possível encaixar um balde no outro (empilhado) para montar a nossa composteira doméstica. Sugestão: utilizar baldes de gordura vegetal reaproveitável.

1º passso: Um dos baldes vai servir como coletor de resíduo líquido (chorume) e deverá ser o primeiro de baixo para cima.

2º passo: No 2º e 3º balde devem ser feitos furos na parte de baixo e nestes serão adicionados o resíduo orgânico como: frutas, verduras, borra de café, casca de ovo, desde que não sejam resto de comida temperada com sal e ou vinagre. Sugestão: quanto mais fracionado estiver o resíduo, melhor, pois em porções menores é possível acelerar o processo de compostagem. A dica é picar os alimentos que vão para a composteira.

Em seguida, é preciso acrescentar material seco como cerragem/maravalha ou folhas secas, para controlar a umidade e dar volume.  A proporção é sempre: 1 porção de resíduo para 2 porções de material seco.

Com isso, inicia-se o processo de tratamento do resíduo: o material orgânico começa a se decompor, e então resultará em dois tipos de materiais – o resíduo líquido (chorume) e o resíduo sólido (adubo). A composteira em baldes é muito interessante, pois permite separar os resíduos sólidos e líquidos, tornando possível o aproveitamento das duas formas de adubo (o substrato volumoso e o biofertilizante), sendo que ambas formas são altamente eficientes e com elevado teor de nutrientes para alimentar as plantas.

Outro detalhe observado é que ocorre um aquecimento dentro dos baldes, devido à atividade dos microorganismos em processo acelerado, o que ocasiona elevação da temperatura. No verão, o processo de decomposição é rápido - dentro de 30 a 40 dias está pronto o adubo. Já no inverno, devido às temperaturas amenas na nossa região, o processo é mais lento, demorando mais dias pra obter o resultado final.

Vale lembrar que, no terceiro balde (que fica em cima), é onde deixamos o resíduo terminar o seu processo de compostagem, portanto, é preciso manter com tampa fechada, para não atrair insetos.

O chorume gerado pela composteira é considerado um ótimo biofertilizante, mas a recomendação é que deve ser diluído em água. A rega é normal para flores, folhagens ou outras espécies ornamentais. Já para a horta (que são produtos consumidos in natura) não deve ser regado diretamente nas folhas das plantas e sim, direcionado para o solo. A proporção indicada é 10 ml de biofertilizante para cada 1 litro de água.

A engenheira agrônoma Jhuly Biava lembra que a composteira doméstica “é uma prática sustentável que visa reduzir o volume de lixo orgânico e gerar adubo de ótima qualidade, contribuindo com a preservação do meio ambiente e na construção de um mundo melhor”. Precisamos nos conscientizar de que o nosso “LIXO” é de nossa responsabilidade!