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Marmeleiro, 07 de novembro de 2024 – Em uma reunião realizada nas dependências do Setor de Vigilância Sanitária, o Comitê Municipal de Combate à Dengue reuniu diversos setores da Administração Municipal e da Sociedade Civil, com representante da Guarda São Cristovão, para discutir estratégias e ações de combate à dengue. A reunião contou com a presença de Antônio Cesar do Anjos, supervisor técnico das endemias da 8ª Regional de Saúde, e da enfermeira Jaqueline, que apresentou os números epidemiológicos da doença.

Durante a apresentação, Jaqueline destacou que Marmeleiro tem apresentado bons resultados nos últimos meses, apesar dos desafios contínuos. As agentes de saúde têm intensificado as ações preventivas, visitando residências e implementando estratégias como tratamento, bloqueio, e o Programa de Educação (PE). Além disso, o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), fumacê, divulgação em rádios, carros de som, e confecção de banners têm sido utilizados para conscientizar a população.

Uma ação especial foi realizada no cemitério durante o Dia de Finados, com foco na conscientização e orientação dos visitantes. As escolas também estão sendo envolvidas, com uma programação específica para o combate ao mosquito.

Situação no Paraná: O estado do Paraná registrou 28 mil notificações de dengue e uma morte. Os sorotipos circulantes incluem a predominância do tipo 1, com a presença do tipo 2 na região da 8ª Regional e a introdução do tipo 3. Estudos indicam que a imunidade contra a dengue é temporária, o que reforça a necessidade de ações contínuas.

Em Marmeleiro foram notificados 13 casos, com 4 confirmações desde o início do ano epidemiológico na semana 31. Atualmente, estamos na semana 45. A água parada, encontrada em pneus, foi identificada como um dos principais criadouros do mosquito, especialmente em áreas rurais. Casos foram registrados nos bairros Ipiranga, Itaíba e Linha Sanga Seca.

Atualmente, Marmeleiro conta com 7 agentes de combate às endemias, que atuam em todo o município. Nos próximos dias, as escolas receberão um jornal educacional para crianças, que servirá como um manual de combate à dengue.

Antônio Cesar do Anjos destacou que o lixo continua sendo um problema significativo, com cada pessoa gerando cerca de 1,300 kg por dia. As ações de combate à dengue não podem ser interrompidas, especialmente em cenários climáticos adversos, com muita chuva e calor, que podem agravar a situação rapidamente.

A evolução do mosquito Aedes aegypti, que antes levava de 8 a 12 dias para nascer, agora ocorre em apenas 5 dias. Isso reforça a necessidade de uma resposta rápida e coordenada. O combate à dengue é uma responsabilidade coletiva, exigindo a colaboração de todos os setores do município. A ampliação da estrutura do comitê é essencial para aumentar a efetividade das ações, e as vistorias em residências devem continuar para garantir o controle da doença.