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SOJA: EVENTO REVELA ÍNDICE DA PERDA DA COLHEITA

Postado em: 26/06/2017


DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA DE MARMELEIRO REUNIU PRODUTORES DE SOJA PARA RESULTADO DA PERDA DA COLHEITA

A média nas lavouras de Marmeleiro deste ano foi de 1,34 sacas por ha.


A partir deste ano, o evento que divulga os resultados da Avaliação de Perda da Colheita da Soja (2016/2017), deixou de ser um concurso e passou a ser uma avaliação.


De acordo com o Diretor de Agricultura da Prefeitura de Marmeleiro, Guilherme Baggio, o objetivo da mudança está no fato de que a avaliação permite resultados mais fiéis da realidade das perdas da colheita de soja na lavoura. “Percebemos que antes muitos maquiavam os números em busca dos prêmios oferecidos pelo concurso”, comentou Guilherme.


Ao todo participaram da avaliação 29 máquinas agrícolas de produtores de soja, o que foi considerado pelo Departamento um record em relação a anos anteriores.


Com uma área de plantio no Município de cerca de 20 mil ha, esse ano a média em perdas na colheita da soja ficou em 1,34 sacas por hectare.  Ou seja, com este cálculo estima-se que tenham ficado nas propriedades cerca de 26.800 sacas de soja, que pode chegar a R$1 milhão e 600 mil. “A Embrapa recomenda 1 saca por hectare, precisamos urgente diminuir esse índice pois é um dinheiro perdido que poderia estar gerando riquezas e não podemos nos conformar com isso”, avalia Guilherme


Um dos fatores que gera perda de produção é a falta de  Manejo e Conservação do Solo. Preocupado com o problema, o Departamento de Agricultura ofereceu aos agricultores durante o evento duas palestras. Uma com o Professor da UTFPR- de Dois Vizinhos, Paulo Cesar Conceição, e a outra com o Engenheiro Agrônomo da Emater Regional, Sérgio Luiz Carniel, sobre o Programa Prosolo.


O Paraná já foi modelo mundial de conservação de solo. O Plantio Direto foi uma estratégia genuinamente paranaense para manter o solo constantemente protegido. Para isso é necessário o uso de três estratégias: o mínimo revolvimento; a rotação de cultura e a produção de palhada.


Só que ao longo desses mais de 40 anos de adoção do Plantio Direto, os produtores foram se descuidando de algumas dessas estratégias e hoje existe o que o Professor Paulo Cesar Conceição chama de simplificação do processo. “O produtor adota apenas uma delas e por conta disso se perde o potencial produtivo e está muitas vezes, reduzindo a lucratividade”, avalia o professor.


Por conta desses resultados, o professor provoca os agricultores “para que eles se conscientizem do grave problema e adotem as três estratégias de manejo do solo e não apenas uma delas porque é uma forma de aumentar inclusive a lucratividade”.


Sergio Carniel comentou que nos últimos três anos, as chuvas mais torrenciais voltaram e o solo está indo embora. Aliado a isso “passou um período que os produtores desmancharam o sistema de terraceamento e voltou um problema muito sério de erosão no Paraná”. Por conta disso, o governo do Estado criou o Programa Prosolo.  Com ele estão sendo capacitados 2 mil  técnicos para  orientarem os agricultores; também será investido  R$12 milhões  em 13 Projetos  no Paraná que vão pesquisar sobre o solo; além do trabalho de  conscientização e análise da legislação do Estado.   

O produtor Alécio Scolari, que participou das palestras acredita que “o caminho é a conscientização porque precisamos deixar pra nossos filhos um solo produzindo com boa qualidade”.


Outro produtor que também participou do evento, Dirceu Rufatto, compreende que “desde a conservação, do plantio, da colheita, em tudo, o produtor deve se aperfeiçoar e se profissionalizar dentro da produção porque a agricultura é uma grande empresa que deve ser levada a sério todo o dia”.

 

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