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Curso de Capacitação reuniu mais de 100 produtores de leite do PMG de Marmeleiro

Postado em: 24/02/2017


A prefeitura de Marmeleiro tem um dos maiores programas municipais do Sudoeste do Paraná de Inseminação Artificial em Melhoramento Genético. E nesta semana mais de 100 inseminadores inscritos no PMG-Programa de Melhoramento Genético, participaram de um curso de capacitação sobre Inseminação Artificial e Melhoramento Genético para gado de leite. E como parte das ações do programa, a diretoria de agricultura abasteceu 86 botijões com 1.136 litros de nitrogênio e distribuiu quase mil doses de sêmen.

Para ser aceito no PMG o produtor de leite precisa passar por um treinamento e só depois ele fica apto para receber do município o botijão com o nitrogênio e também as doses de sêmen para o rebanho.

O treinamento foi ministrado pelo proprietário da Embrasemen, Francisco Gaievisk, empresa que fornece o insumo para o município. O objetivo do curso foi revisar alguns pontos sobre a melhor maneira de aplicar a técnica de inseminação e também rever os pontos para maximizar o melhoramento genético.

O diretor de agricultura e abastecimento de Marmeleiro, Guilherme Baggio, avalia que “desta vez foi feita uma das maiores entregas dos insumos já realizadas dentro do PMG.” O programa existe no município há mais de sete anos e o objetivo é preparar o inseminador para que faça a inseminação com qualidade. “Queremos que após a inseminação as vacas fiquem prenhas e ao parir, que elas tenham crias melhores que a mãe”, comentou Guilherme. 

Mas, para que isso ocorra, também é importante que o inseminador faça o acompanhamento da inseminação mês a mês e entregue esses resultados na diretoria de agricultura e abastecimento. “Com isso, poderemos garantir a distribuição do nitrogênio e do sêmen. Todos estes dados são repassados ao Ministério Público e à Promotoria, o que nos garante a continuidade do PMG. Inclusive, temos a intenção de ampliarmos nossas ações com o serviço de ultrassom nos animais e investir em um sêmen com potencial genético mais elevado”, esclarece Guilherme.

O  proprietário da Embrasemen, empresa que fornece os sêmens para o programa, Francisco Gaievisk, avalia que em Marmeleiro o programa evoluiu um pouco mais que o normal. “Aqui alguns produtores que recebiam o atendimento do inseminador comunitário ( um produtor treinado pelo PMG para fazer a inseminação no rebanho das propriedades vizinhas) já compraram um botijão criogênico e inseminam seu próprio rebanho. É uma terceira fase do programa e isso é um ótimo resultado”, avalia.

Cuidados na inseminação

O diretor da Embrasemen explica que a inseminação tem uma série de vantagens. “Além de emprenhar a vaca, garante um melhoramento genético. Por exemplo, se a vaca tem um defeito, ela recebe o sêmen de um produtor para corrigir o problema e os touros do nosso programa são especiais, buscando formar uma vaca ideal ou seja, que tenha longevidade, rentabilidade e produtividade”, comenta.

Mas Francisco lembra que o sêmen é de alta qualidade fecundante e genética no entanto, esse potencial de prenhez  acaba sendo afetado  se alguns cuidados não forem tomados na hora de fazer a inseminação. A temperatura de descongelamento do sêmen é um deles. Ela  tem de estar controlada entre 36  e 37 graus, por 30 segundos, e somente depois vai ser introduzido no aparelho reprodutor  da fêmea. Outro detalhe, durante a retirada deste sêmen do botijão criogênico é preciso observar a altura mínima que devem permanecer a caneca e a rack, que armazenam o sêmen. A exposição fora do botijão fará com que ocorram danos aos espermatozoides e haverá perda da capacidade fecundante.

O inseminador também deve prestar atenção na higiene do animal que está sendo inseminado. Deve fazer a limpeza da região vulvar do animal com luvas descartáveis e todo o material que encostar no animal deve ser descartado, visando a profilaxia das doenças reprodutivas.

Produtores Satisfeitos

Dicas que foram prontamente recebidas por quem participou da capacitação e tem planos par ao futuro. O casal de noivos, Ana Paola Gottems e Anderson Volnei Haefleiger, do assentamento da Linha Bela Vista, estão pegando o botijão de nitrogênio com sêmen pela primeira vez. Há três anos a família do Anderson cultivava fumo e milho só que os familiares foram deixando o campo, e os pais começaram a produção leiteira. Já na casa da Ana, a família sempre trabalhou com o gado leiteiro mas, como subsistência. “Agora com o PMG surgiu a oportunidade de reinvestirmos melhorando o plantel com a inseminação. Isso facilita muito a vida da gente e queremos ver o melhoramento genético na nossa propriedade”, comenta Ana

Satisfação que anima o produtor de leite, Sadi de Jesus, da comunidade São Mateus em Marmeleiro. Ele lembra que quando começou com a atividade leiteira tinha apenas sete vacas comuns. Mas, desde que entrou para o programa de melhoramento genético, há sete anos, a qualidade do rebanho melhorou muito e a vida financeira da família do produtor também está diferente. “Quando comecei a atividade leiteira tinha apenas 7 vacas comuns. Só que eu pegava o sêmen do botijão comunitário com os vizinhos e fui melhorando a produção de leite. Hoje temos 45 vacas, e já tenho meu próprio botijão, e a qualidade do leite vendida para o laticínio é superior ao início da minha atividade; sem contar que a qualidade de vida que estou conseguindo oferecer para minha família é muito melhor”, conta o produtor, feliz da vida com os resultados.

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