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Notícia

Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Postado em: 20/05/2016


Na tarde do dia 18 de maio aconteceu uma manifestação em virtude do Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Na ocasião os integrantes do CAPS AD III e CAPS I de Marmeleiro, estiveram reunidos no “início” da Avenida Macali, fazendo atividades recreativas e fazendo entrega de panfletos e cartazes, buscando divulgar a luta pelo fim dos manicômios e efetivação dos direitos humanos.

A ação objetiva lembrar como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

 

* Texto do CAPS

 

18 DE MAIO POR UM TRATAMENTO HUMANIZADO

 

O Movimento Antimanicomial teve início após uma intensa iniciativa social, com trabalhadores de saúde mental, que buscavam a mudança do modelo hospitalocêntrico, com a extinção progressiva dos manicômios, a substituição de hospitais psiquiátricos por serviços abertos de tratamento, evitando as internações e favorecendo o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários e de suas famílias.

Com o processo decorrente deste movimento temos a reforma psiquiátrica definida pela lei 10.216 de 2001 (lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de atenção a saúde mental, transferindo o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar para a rede de atenção psicossocial estruturada em unidades de serviço comunitários e abertos.

A mudança de paradigma a partir de reforma psiquiátrica trouxe vários avanços, mas também vários problemas que devem ser sanados a médio e a longo prazo. Os benefícios foram imensos, a começar pela melhora na qualidade de vida para os pacientes que viviam institucionalizados e esquecidos por seus familiares nessas instituições.

A Luta Antimanicomial revelou para os familiares a realidade e o dia a dia de um paciente com transtorno mental. Inicialmente com uma adaptação difícil, mas que progressivamente vem evoluindo para a recuperação de cidadania e para uma vida mais humanizada.

Atualmente as dificuldades encontradas são a falta de recursos adicionais para a aquisição de medicamentos; o preconceito e o estigma; a falta de capacitação dos profissionais e o suporte familiar, estas situações no dia - a - dia são ajustadas. Entretanto, a principal barreira que nos deparamos é a falta de serviços substitutivos da rede de atenção psicossocial, como os leitos psiquiátricos nos hospitais gerais que são utilizados como suporte hospitalar em situações de urgência/emergência (portaria 148/2012) sem a necessidade de romper o vínculo do doente mental com a família como ocorre em uma internação psiquiátrica tradicional.

Considerando os avanços e benefícios advindos com a Luta Antimanicomial não devemos fechar os olhos. Devemos apoiar esta luta em uma postura contra qualquer forma de retrocesso, buscando os direitos das pessoas acometidas pelo sofrimento mental. (Equipe CAPS I)

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